Numa das salas do casarão do Sesc Flamengo, reunimos depoimentos de atores, alunos e professores da escola, partes de uma história de amor e persistência que tornam a Martins Pena a cara de quem vê o teatro como ferramenta política e não se cansa de proclamar a palavra “Resisto”!
Cinco meses após a sua fundação em 1908, a Escola Dramática Municipal – nome de batismo da atual Escola de Teatro Martins Pena – já passava por sua primeira crise. Coelho Neto, diretor e fundador da escola, elencava problemas administrativos e entregava a sua carta de demissão ao prefeito Serzedelo Corrêa.
A demissão não foi aceita, o prefeito deu um jeito de contornar os problemas e Coelho Neto permaneceu no cargo até a sua morte em 1934. No entanto, o sobressalto, a iminência do fim e o espírito de luta passaram a ser traços permanentes na história desta que é a primeira escola de arte dramática do Brasil, e um antigo sonho do dramaturgo que hoje empresta seu nome à instituição.
Além de video-instalação, a sala em homenagem à Escola de Teatro, apresentou uma seleção de fotos, reportagens, boletins e textos que ajudaram a recompor esta história de resistência.